E no fim Walt venceu. Num plottwist tight, tight, tight, como diria Tuco
Salamanca, Breaking Bad encerrou seus trabalhos num final ironicamente feliz.
Se invertermos as polaridades negativas temos enfim que:
Flynn ficou rico
Gretchen e Elliott vão ser filantropos contra um nemesis, o que ajuda
bastante nos negócios, devemos dizer.
Saul ganhou um spinoff.
Badger e Skinny Pete, um finale.
Marie conseguiu virar a chefa de família que sempre quis
Skyler ganhou na “loteria”
Hank ganhou uma medalha de herói. (presumindo que após encontrado, seu
corpo será tratado como um pelo protocolo não?)
Jesse ganhou sua liberdade (num teaser de Need for Speed, filme em que o
ator Aaron Paul estrelará(veja o trailer abaixo)?)
Walt se reuniu com o amor da sua vida.

O reencontro com a metanfetamina era tudo que Walt queria, ele pagou seus
deveres:
Flynn e Holly vão ter um futuro,
Marie vai enterrar seu marido,
Skyler tem seu bilhete de loteria para fora da prisão
Jesse tem a sua liberdade até onde a sua capacidade puder leva-lo.
Walter White é Heisenber quando precisa ser, ele não é atormentado por um
fantasma maléfico. Ele é e também é Walter White. Obviamente ele ama sua
família, mas ela não devia ser sua família. Ela não devia existir. Ele devia
ser grande, ele sabia que podia ser grande. Ele não foi. A Grey Matter virou
sua maior frustração. Nada mais natural que ela seja a catalisadora de sua
obra.
No fim, o que restou foi o seu amor, o último adeus. Não confundam com o
amor com próprio ego. Vai além. É o amor ao método, à possibilidade. Ele pode
fazer o céu azul e o fez. Isso basta. É triste que ele tenha arrastado todo
mundo para o poço sem fundo com isso, mas ainda o fez.
Walter White talvez vivesse se escapasse do confronto final a la Western
dos bons (ironicamente o final showdown entre ele e Jesse é mais simbólico e
talvez a única porrada moral que Heisenberg leva durante o finale
inteiro). Ele talvez vivesse, mas
possivelmente não o suficiente pra ver seu filho tomar para si seu legado em
dinheiro.
Não importa. Walt venceu, ele reuniu-se ao significado de sua vida. Sua
baby blue.
Há uma canção de Aimee Mann que fala sobre ter um amor que consegue te
salvar da fileira dos malucos que não conseguem amar ninguém além dos malucos
que não conseguem amar ninguém.
O longo adeus da greve de fome:
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